A ONU teve a sua fundação oficial em São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos, em 24 de outubro de 1945; sendo na época, retificada por 51 países. Desde a sua primeira Assembléia Geral, celebrada em 10 de janeiro de 1946, em Westminster Central Hall, em Londres, Grã-Bretanha, que a entidade tornou-se a voz das nações de todo o mundo. Passou pela reconstrução dos países destruídos pela Segunda Guerra Mundial, pela divisão do mundo em duas ideologias que gerou a Guerra Fria, viu muitos de seus países membros serem riscados do mapa, mudar de nome ou de regime; atuando sempre como mediadora dos grandes conflitos.
No jogo do poder das nações, a Organização das Nações Unidas muitas vezes viu os seus princípios ignorados por grandes potências, teve várias das suas resoluções em prol da paz mundial desrespeitadas, entrando algumas vezes, em colapso do descrédito. Nos tempos atuais, muito que se questiona a eficácia e a verdadeira função da ONU em um mundo globalizado, cada vez mais afetado pelo convívio difícil entre os povos e a ambição política das grandes potências. Questiona-se a falta de pulso da entidade diante dos grandes conflitos que desenham os interesses dos Estados Unidos, Rússia, China e Europa Ocidental, que promovem verdadeiros atos de arbitrariedade contra àqueles que se põem contra os seus objetivos.
Mesmo diante dos questionamentos, a ONU ainda é a grande voz dos povos do planeta, uma segurança ínfima para aqueles que vivem à deriva da história e dos jogos das potências. Com a sua sede em Nova York, a organização faz-se representar por 192 Estados membros soberanos reconhecidos internacionalmente. Durante a sua existência, tem sofrido derrotas históricas no objetivo de promover a paz e assegurar que os direitos humanos não sejam violados. A ONU promoveu o maior documento da era contemporânea, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, carta outorgada em 1948, que representa uma das mais belas e efetivas tentativas de proteção ao homem, que muitas vezes é diminuído diante do poder das nações. A ONU tenta conciliar a humanidade com as fronteiras por ela criada. Tenta, através da diplomacia e atos regulares, dar voz à liberdade política e social, garantido a sobrevivência do próprio homem, inserindo-o dentro das nações que ele inventou.
A Liga das Nações
A Sociedade das Nações (SDN), também conhecida como Liga das Nações, foi a verdadeira precursora da Organização das Nações Unidas. Os conflitos que levaram à Primeira Guerra Mundial, travada de 1914 a 1918, deixaram cicatrizes indeléveis, numa das maiores e mais sangrentas de todas as guerras da humanidade. Assim, em janeiro de 1919, as potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial, reuniram em Versalhes, nos arredores de Paris, para que se negociasse um acordo de paz. Nas negociações, foi idealizado um amplo tratado, que se referia à criação de uma organização internacional, cuja função seria assegurar a paz entre as nações.
Em 28 de junho de 1919, foi assinado o Tratado de Versalhes, que estabelecia na sua I Parte, a Sociedade das Nações, que teve a sua Carta assinada nesta data por 44 Estados. Seis dias após a entrada em vigor do Tratado de Versalhes, em 16 de janeiro de 1920, foi reunido, pela primeira vez, em Paris, o Conselho da Sociedade das Nações.
A criação da SDN foi idealizada sobre a proposta feita pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson, conhecida como Quatorze Pontos, em mensagem enviada ao congresso do seu país, em 8 de janeiro de 1918. A proposta propunha as bases para a paz e a reestruturação das relações diplomáticas internacionais após o término da Primeira Guerra Mundial.
Em novembro de 1920 a Liga das Nações passou a ter a sua sede em Genebra, na Suíça. De início, os países membros criadores da Liga, deixaram em aberto o ingresso futuro de outros países do mundo, com claras exceções à Alemanha, à Rússia e à Turquia. Estes países só seriam aceitos futuramente, a Alemanha através do Tratado de Locarno, assinado em outubro de 1925; a Rússia, após consolidar a sua revolução Bolchevique, criando a União Soviética, foi aceita em 1934, juntamente com a Turquia.
Curiosamente, o Senado dos Estados Unidos promoveu um grande descaso para assinar o Tratado de Versalhes, fazendo com que esta emergente nação ficasse desvinculada das potências européias, e nunca se incorporasse à Sociedade das Nações, fazendo-o apenas a seus organismos afiliados.
Em 1939, o governo nazista de Adolf Hitler invadiu a Polônia, levando o mundo à Segunda Guerra Mundial. Era o grande fracasso da Liga das Nações, que se propusera a garantir a paz no planeta. Diante das estruturas frágeis da organização e do fracasso movido pela nova grande guerra, a Sociedade das Nações foi dissolvida, estando definitivamente extinta em meados de 1942. Em 1946, a SDN passou as suas funções à recém criada Organização das Nações Unidas (ONU), sua sucessora.
Criação da Organização das Nações Unidas
No decurso da Segunda Guerra Mundial, quando os países aliados sentiram que o conflito arquitetava para um final que lhes seria favorável, passaram a fomentar a idéia de uma organização internacional que promovesse, futuramente, a paz entre as nações. Não poderiam simplesmente ressuscitar a extinta Liga das Nações, vista que o seu descrédito não lhe fortaleceria diante dos povos e dos governos do planeta. Em 1943, em plena guerra, a conferência dos países Aliados, ocorrida em Moscou e liderada pelo presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt, o líder soviético Joseph Stalin e o ministro britânico Winston Churchill; elaborou formalmente a idéia da criação das Nações Unidas. Churchill e Roosevelt já haviam tido conversas preliminares, em dezembro de 1941, sobre a criação de uma nova organização internacional, sendo do presidente norte-americano a sugestão de chamá-la pelo nome de Nações Unidas.
Já nos momentos finais da Segunda Guerra Mundial, quando os Aliados derrubavam os últimos bastiões de resistência dos países do Eixo, sendo travadas as batalhas finais; celebrou-se na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, em 25 de abril de 1945, a primeira conferência que trazia como objetivo a criação de uma nova organização das nações. Cinqüenta países faziam-se representar na conferência, que resultaria na assinatura conjunta da Carta das Nações Unidas, em 26 de junho de 1945. A Polônia não esteve representada na conferência, mas acrescentou o seu nome à Carta, algum tempo depois. Assim, nascia a Organização das Nações Unidas, com 51 Estados soberanos integrantes, chamados de membros fundadores.
No dia 24 de outubro de 1945, a ONU é oficialmente fundada, depois da ratificação da Carta pelos cinco países que se tornariam membros permanentes do Conselho de Segurança, Estados Unidos, União Soviética, China, França e Grã-Bretanha; e, pelos outros quarenta e seis países membros. Trazia como objetivos principais manter a paz entre as nações do planeta; proteger os direitos humanos entre os povos; fomentar o desenvolvimento econômico e social dos países; ajudar na autonomia e conquista da liberdade dos povos subjugados por outros; e, fortalecer os laços culturais entre os estados soberanos do mundo.
A primeira Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas foi realizada em Londres, em Westminster Central Hall, no dia 10 de janeiro de 1946. De 1949 a 1952, foi construída a sede atual da ONU, na parte leste de Manhattan, em Nova York. Ao contrário da sua antecessora, a SDN, a ONU tornou-se uma grande entidade internacional, acumulando, ao longo da sua existência, prestígio, grandes vitórias e grandes derrotas entre as nações por ela representada.
Organismos da ONU
Assembléia Geral
Constituída por todos os Estados membros, funcionando como um Parlamento, no qual cada país tem direito a um voto. Na Assembléia são debatidos os problemas mais urgentes da atualidade vivida; os orçamentos da Organização; a eleição do secretariado geral; as propostas do Conselho de Segurança e a admissão de novos membros. A Assembléia Geral não pode obrigar os países a cumprir as decisões adotadas.
Conselho de Segurança
É o órgão executivo dos temas políticos, onde todos os países são obrigados a acatar as suas decisões. É formado por quinze membros, dos quais cinco são permanentes: Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha e China. Os outros dez integrantes do Conselho de Segurança são eleitos pela Assembléia Geral por um período de dois anos. A escolha obedece, em princípio, a critérios geográficos, assegurando que todas as áreas do planeta estejam representadas.
Há muito que se debate a ampliação do número de membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU. Os cinco países que constituem o Conselho permanente foram os líderes da criação das Nações Unidas, participantes da frente Aliada, que ao término da Segunda Guerra Mundial, tornaram-se as nações vencedoras e mais poderosas do mundo. O fato explica a razão pela qual a Alemanha e o Japão, duas grandes potências econômicas e políticas da atualidade, não fazem parte do grupo.
As Nações Unidas outorgam ao Conselho de Segurança a função de garantir a manutenção da paz internacional. Para que se efetive as decisões do Conselho, ele dispõe de poder para distribuir observadores militares, estabelecer mediações e impor sanções econômicas. Nos conflitos de maior gravidade, tem autonomia para autorizar uma intervenção militar.
Dos quinze integrantes do Conselho de Segurança, apenas os cinco membros permanentes têm poder de veto nas decisões. As decisões de grande porte não podem ser adotadas se um dos cinco países votar contra ou abster-se. O poder de veto tem sido utilizado historicamente para defender interesses das nações mais poderosas do planeta, tendo sido utilizado com maior evidência no período da Guerra Fria. Tais práticas têm contribuído para o desgaste e descrédito da ONU ante os olhos das nações internacionais, gerando grandes crises.
Conselho Econômico e Social
Tem como função coordenar os projetos da ONU nos âmbitos econômico, social, cultural e humanitário. O Conselho é composto por 54 membros, eleitos pela Assembléia Geral por um período de três anos. Vários órgãos subsidiários dependem do Conselho, para que possam pôr em prática as políticas da Organização das Nações Unidas. Entre estes órgãos subsidiários estão:
Banco Mundial – Responsável por proporcionar empréstimos e assistência técnica aos países em desenvolvimento.
FMI (Fundo Monetário Internacional) – Promove a cooperação monetária internacional e a estabilidade financeira em países afetados por uma crise financeira.
OMS (Organização Mundial da Saúde) – Coordena programas de assistência sanitária. Controla crises epidemiológicas, evitando que se espalhem pelo mundo.
FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola) – Coordena recursos financeiros para melhorar a produção de alimentos.
UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) – Tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças no planeta.
FAO (Organização para a Agricultura e a Alimentação) – Tem como objetivo elevar os níveis de nutrição e desenvolvimento rural.
Conselho de Administração Fiduciária ou de Tutela
Composto por Estados membros que administram territórios sob tutela. Quando criado, o Conselho administrava onze territórios em fideicomisso após a Segunda Guerra Mundial. Através dele, vários territórios tutelados foram transformados em países soberanos. Em 1994, todos esses territórios já eram independentes, e os membros do Conselho foram reduzidos aos cinco permanentes do Conselho de Segurança. O último território transformado em soberano, antes que se encerrasse o Conselho de Tutela, foi o Palau, no Oceano Pacífico, em 1994.
Corte Internacional de Justiça
A Corte Internacional de Justiça, também conhecida como Tribunal de Haia, atua como principal órgão judiciário das Nações Unidas. O Tribunal Internacional tem a sua sede em Haia, na Holanda, estando aberto a todos os países membros da ONU e àqueles, que mesmo não sendo membros, aderiram ao estatuto da organização.
O tribunal é composto de quinze juízes eleitos pela Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança. Tem como função intervir nos litígios entre as nações. Os países optam voluntariamente pelo julgamento da Corte Internacional, mas depois que a sentença é executada, deve ser obrigatoriamente acatada.
Secretaria Geral
Órgão que realiza as funções administrativas da Organização das Nações Unidas. Seu representante máximo é o secretário-geral, eleito pela Assembléia Geral.
Ao longo dos anos, o papel do secretário-geral deixou de ser unicamente o de cumprir obrigações de um alto funcionário, ampliando as funções, convertendo-o em um mediador internacional, bem como um líder de grande visibilidade dentro da ONU.
As funções do secretário-geral da ONU são essencialmente consultivas, organizativas e diplomáticas, nunca executivas. Desde a fundação da Organização, foram secretários-gerais:
Sir Gladwyn Jebb (Grã-Bretanha) – Secretário-Geral interino de 1945 a 1946
Trygve Lie (Noruega) – De 1946 a 1953
Dag Hammarskjöld (Suécia) – De 1953 a 1961
U Thant (Birmânia – atual Mianmar) – De 1961 a 1971
Kurt Waldheim (Áustria) – De 1972 a 1981
Javier Pérez de Cuéllar (Peru) – De 1982 a 1991
Boutros Boutros-Ghali (Egito) – De 1992 a 1996
Kofi Annan (Gana) – De 1997 a 2007
Ban Ki-Moon (Coréia do Sul) – Desde 2007
Financiamento da Organização
A ONU é, essencialmente financiada mediante as contribuições voluntárias dos países membros. O montante a ser pago por cada país é calculado a partir da porcentagem que a sua economia representa em relação à situação mundial, em uma média de cinco anos.
De dois em dois anos são avaliados os orçamentos das Nações Unidas e das suas agências. A Assembléia Geral aprova o orçamento regular e determina a avaliação a ser paga por cada membro.
Em dezembro de 2000, houve uma revisão nos orçamentos da ONU, promovida pelos Estados Unidos, mudando os cálculos dos países. Assim, os Estados Unidos conseguiram diminuir sua contribuição de 25% para 22%, embora a sua economia corresponda à quarta parte do globo. Por outro lado está o Japão, que com 13% da economia mundial, paga 19% à ONU. Em 2000 foi estabelecida a cota máxima de 22% de contribuição.
Nas operações pela manutenção da paz no planeta, há uma sobretaxa para os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que é quem aprova todas essas operações.
Países Membros das Nações Unidas
Em 1945, 51 países fundaram a ONU, sendo todos eles imediatamente admitidos, passando a ser conhecidos como membros fundadores. Destes, 49 são ainda membros ou tiveram o lugar substituído por um estado sucessor, como aconteceu à Rússia, que substituiu a extinta União Soviética. Os outros dois membros fundadores que já não existem como nação foram a Iugoslávia (atuais Sérvia, Montenegro, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Croácia e Macedônia) e a Tchecoslováquia (atuais República Tcheca e Eslováquia), fragmentadas em pequenas nações, que tomaram seus próprios postos dentro da ONU.
Com o decorrer das décadas, quase todas as nações soberanas passaram a fazer parte da ONU. Algumas nações foram fragmentadas, como as duas já citadas, ou ainda a Etiópia, que teve parte do seu território independente, formando a Eritréia. Também a extinção da antiga União Soviética gerou países soberanos como a Ucrânia, Estônia, Lituânia, Letônia, Cazaquistão, Armênia, Geórgia, Moldávia, Bielorrússia, Azerbaijão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.
Por outro lado, outros países foram (re) unificados, como o Iêmen (antes dividido em Norte e Sul), a Alemanha (antes dividida em RFA e RDA) e o Vietnã (dividido pela Guerra Fria em Norte e Sul).
Muitos dos membros da ONU mudaram o nome, ao longo dos anos. Assim, o Daomé tornou-se Benim; o Zaire a República Democrática do Congo; o Alto Volta o Burkina Faso; a Birmânia o Mianmar; o Ceilão o Sri Lanka; a Rodésia o Zimbabwe.
Em 1971, a República da China foi substituída pela República Popular da China, como estado sucessor. Taiwan, apesar de independente, é considerada pelos chineses como uma província rebelde, não lhe sendo permitido assinar a carta de adesão.
Em 10 de setembro de 2002, a Suíça, país tradicionalmente conhecido por sua neutralidade, passou a fazer parte da ONU.
Com a adesão do Montenegro, que deixou a união com a Sérvia, formando um Estado soberano; em 28 de junho de 2006, a ONU passou a ter 192 países membros, que incluem todos os Estados soberanos reconhecidos internacionalmente. O Vaticano, sede da igreja católica, tem estatuto de observador.
Assim, a filiação à Organização das Nações Unidas é aberta a todos os países oficialmente reconhecidos pela comunidade internacional como soberanos e que se comprometam a acatar as decisões da Organização e a promover a paz entre as nações.
Fazem parte da ONU, os seguintes países:
Afeganistão – 19 de novembro de 1946
África do Sul – 7 de novembro de 1945
Albânia – 14 de dezembro de 1955
Alemanha – 18 de setembro de 1973
Andorra – 28 de julho de 1993
Angola – 1 de dezembro de 1976
Antígua e Barbuda – 11 de novembro de 1981
Arábia Saudita – 24 de outubro de 1945
Argélia – 8 de outubro de 1962
Argentina – 24 de outubro de 1945
Armênia – 2 de março de 1992
Austrália – 1 de novembro de 1945
Áustria – 14 de dezembro de 1955
Azerbaijão – 2 de março de 1992
Bahamas – 18 de setembro de 1973
Bahrein – 21 de setembro de 1971
Bangladesh – 17 de setembro de 1974
Barbados – 9 de dezembro de 1966
Bélgica – 27 de dezembro de 1945
Belize – 25 de setembro de 1981
Benim – 20 de setembro de 1960
Bielorrússia – 24 de outubro de 1945
Bolívia – 14 de novembro de 1945
Bósnia-Herzegovina – 22 de maio de 1992
Botsuana – 17 de outubro de 1966
Brasil – 24 de outubro de 1945
Brunei – 21 de setembro de 1984
Bulgária – 14 de dezembro de 1955
Burkina Faso – 20 de setembro de 1960
Burundi – 18 de setembro de 1962
Butão – 21 de setembro de 1971
Cabo Verde – 16 de setembro de 1975
Camarões – 20 de setembro de 1960
Camboja – 14 de dezembro de 1955
Canadá – 9 de novembro de 1945
Cazaquistão – 2 de março de 1992
Chade – 20 de setembro de 1960
Chile – 24 de outubro de 1945
China – 24 de outubro de 1945
Chipre – 20 de setembro de 1960
Colômbia – 5 de novembro de 1945
Comores – 12 de novembro de 1975
Congo – 20 de setembro de 1960
Congo, República Democrática do (ex Zaire) – 20 de setembro de 1960
Coréia do Norte – 17 de setembro de 1991
Coréia do Sul – 17 de setembro de 1991
Costa do Marfim – 20 de setembro de 1960
Costa Rica – 2 de novembro de 1945
Croácia – 22 de maio de 1992
Cuba – 24 de outubro de 1945
Dinamarca – 24 de outubro de 1945
Djibouti – 20 de setembro de 1977
Dominica – 18 de dezembro de 1978
Egito – 24 de outubro de 1945
Emirados Árabes Unidos – 9 de dezembro de 1971
El Salvador – 24 de outubro de 1945
Equador – 21 de dezembro de 1945
Eritréia – 28 de maio de 1993
Eslováquia – 19 de janeiro de 1993
Eslovênia – 22 de maio de 1992
Espanha – 14 de dezembro de 1955
Estados Unidos – 24 de Outubro de 1945
Estônia – 17 de setembro de 1991
Etiópia – 13 de novembro de 1945
Fiji – 13 de outubro de 1970
Filipinas – 24 de outubro de 1945
Finlândia – 14 de dezembro de 1955
França – 24 de outubro de 1945
Gabão – 20 de setembro de 1960
Gâmbia – 21 de setembro de 1965
Gana – 8 de março de 1957
Geórgia – 31 de julho de 1992
Granada – 17 de setembro de 1974
Grécia – 25 de outubro de 1945
Guiana – 20 de setembro de 1966
Guatemala – 21 de novembro de 1945
Guiné – 12 de dezembro de 1958
Guiné-Bissau – 17 de setembro de 1974
Guiné Equatorial – 12 de novembro de 1968
Haiti – 24 de outubro de 1945
Holanda – 10 de dezembro de 1945
Honduras – 17 de dezembro de 1945
Hungria – 14 de dezembro de 1955
Iêmen – 30 de setembro de 1947
Islândia – 19 de novembro de 1946
Índia – 30 de outubro de 1945
Indonésia – 28 de setembro de 1950
Irã – 24 de outubro de 1945
Iraque – 21 de dezembro de 1945
Irlanda – 14 de dezembro de 1955
Israel – 11 de maio de 1949
Itália – 14 de dezembro de 1955
Jamaica – 18 de setembro de 1962
Japão – 18 de dezembro de 1956
Jordânia – 14 de dezembro de 1955
Kiribati – 14 de setembro de 1999
Kuwait – 14 de maio de 1963
Laos – 14 de dezembro de 1955
Lesoto – 17 de outubro de 1966
Letônia – 17 de setembro de 1991
Líbano – 24 de outubro de 1945
Libéria – 2 de novembro de 1945
Líbia – 14 de dezembro de 1955
Liechtenstein – 18 de setembro de 1990
Lituânia – 17 de setembro de 1991
Luxemburgo – 24 de outubro de 1945
Macedônia – 8 de abril de 1993
Madagascar – 20 de setembro de 1960
Malawi – 1 de dezembro de 1964
Malásia – 17 de setembro de 1957
Maldivas – 21 de setembro de 1965
Mali – 28 de setembro de 1960
Malta – 1 de dezembro de 1964
Marrocos – 12 de novembro de 1956
Marshall, Ilhas – 17 de setembro de 1991
Mauritânia – 27 de outubro de 1961
Maurício – 24 de abril de 1968
México – 7 de novembro de 1945
Micronésia, Estados Federados da – 17 de setembro de 1991
Moldávia – 2 de março de 1992
Mônaco – 28 de maio de 1993
Mongólia – 27 de outubro de 1961
Montenegro – 28 de junho de 2006
Moçambique – 16 de setembro de 1975
Mianmar – 19 de abril de 1948
Namíbia – 23 de abril de 1990
Nauru – 14 de setembro de 1999
Nepal – 14 de dezembro de 1955
Nicarágua – 24 de outubro de 1945
Niger – 20 de setembro de 1960
Nigéria – 7 de outubro de 1960
Noruega – 27 de novembro de 1945
Nova Zelândia – 24 de outubro de 1945
Omã – 7 de outubro de 1971
Paquistão – 30 de setembro de 1947
Palau – 15 de dezembro de 1994
Panamá – 13 de novembro de 1945
Papua-Nova Guiné – 10 de outubro de 1975
Paraguai – 24 de outubro de 1945
Peru – 31 de outubro de 1945
Polônia – 24 de outubro de 1945
Portugal – 14 de dezembro de 1955
Qatar – 21 de setembro de 1971
Quênia – 16 de dezembro de 1963
Quirguistão – 2 de março de 1992
Reino Unido – 24 de outubro de 1945
República Centro-Africana – 20 de setembro de 1960
República Dominicana – 24 de outubro de 1945
República Tcheca – 19 de janeiro de 1993
Romênia – 14 de dezembro de 1955
Ruanda – 18 de setembro de 1962
Rússia – 24 de outubro de 1945
Salomão, Ilhas – 19 de setembro de 1978
Samoa – 15 de dezembro de 1976
São Marinho – 2 de março de 1992
São Cristóvão e Nevis – 23 de setembro de 1983
Santa Lúcia – 18 de setembro de 1979
São Tomé e Príncipe – 16 de setembro de 1975
São Vicente e Granadinas – 16 de setembro de 1980
Senegal – 28 de setembro de 1960
Sérvia – 1 de novembro de 2000
Serra Leoa – 27 de setembro de 1961
Seychelles – 21 de setembro de 1976
Singapura – 21 de setembro de 1965
Síria – 24 de outubro de 1945
Somália – 20 de setembro de 1960
Sri Lanka – 14 de dezembro de 1955
Suazilândia – 24 de setembro de 1968
Sudão – 12 de novembro de 1956
Suécia – 19 de novembro de 1946
Suíça – 10 de setembro de 2002
Suriname – 4 de dezembro de 1975
Tadjiquistão – 2 de março de 1992
Tailândia – 16 de dezembro de 1946
Tanzânia – 14 de dezembro de 1961
Timor-Leste – 27 de setembro de 2002
Togo – 20 de setembro de 1960
Tonga – 14 de setembro de 1999
Trinidad e Tobago – 18 de setembro de 1962
Tunísia – 12 de novembro de 1956
Turcomenistão – 2 de março de 1992
Turquia – 24 de outubro de 1945
Tuvalu – 5 de setembro de 2000
Ucrânia – 24 de outubro de 1945
Uganda – 25 de outubro de 1962
Uruguai – 24 de outubro de 1945
Uzbequistão – 2 de março de 1992
Vanuatu – 15 de setembro de 1981
Venezuela – 15 de novembro de 1945
Vietnã – 20 de setembro de 1977
Zâmbia – 1 de dezembro de 1964
Zimbabwe – 25 de agosto de 1980
A Real Eficácia da ONU
Mesmo tendo beneficiado muitas vezes as nações mais poderosas, a ONU continua a ser o maior ponto de referência a garantir a soberania dos povos. Sua eficácia só será plena quando da ampliação dos membros permanentes do Conselho de Segurança e da diminuição da dependência monetária em relação às nações mais poderosas.
Problemas graves como a perseguição e genocídio aos Curdos, a soberania dos povos da Tchetchênia, são visivelmente ignorados pela ONU, o que demonstra o poder superior dos interesses das grandes potências sobre as Nações Unidas.
Na última década, a maior humilhação e derrota sofrida pela ONU foi a invasão do Iraque, promovida em 2003, pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha. Condenada pelo Conselho de Segurança, a invasão deu-se à revelia da Organização, demonstrando que os interesses norte-americanos são soberanos aos interesses e à manutenção da paz mundial. Diante da invasão, a ONU saiu enfraquecida, chegando mesmo a ser questionada a sua real função diante do cenário internacional, e se a sua força não seria apenas uma aparência criada e controlada pelas grandes potências.
Apesar de todas as limitações e desalentos de eficácia, o mundo sem dúvida está bem melhor com a existência da ONU, do que se estivesse à deriva, sem um órgão internacional a que pudesse recorrer os povos em momentos de aflição e de guerra diante da ambição implacável dos interesses das nações. Se a ONU é efetivamente ineficaz, moralmente ela traz uma segurança à soberania dos povos.